quarta-feira, agosto 23

DE VOLTA PARA A SAUDADE



Vejam só o que era os tempos românticos em Floriano. Essa bela fotografia foi tirada da estátua de Floriano Peixoto na praça doutor Sebastião Martins.


Nossa querida mãe, flagrada pelo nosso saudoso fotógrafo Farias nos anos cinquenta, estabelecendo e registrando um raro momento do cotidiano de Floriano.


Em homenagem ao mês das mães, aí está a professora Maria de Lourdes Batista de Melo, filha de dona Margarida Batista e Roberto Corró de Jerumenha em pose magistral, exaltando sua beleza e a sua graça de mulher.



Tudo era festa!

PAINEL DA SAUDADE


Sim, como tenho saudades lá do Barro Alto, dos riachos e dos arvoredos; das auroras, do canto do passarinhedo; dos coaxares do mato; da casa da minha querida avó Margarida ( pintura ao lado ): da quitanda de Vovô Roberto; do riacho do Urubu; do São Camilo, do Poço Frio; do banho do Bezerra e das caçadas de passarinhos; e das correntezas do rio Gurguéia em seu silêncio místico.

Lembro do senhor João da Cruz, do velho Viturino com o facão do lado, dos grogues de tio Zezinho e dos cafés de vovó Margarida adoçados com rapadura; de vovô Roberto no curral tirando o leite das vacas.

Saudades das novenas, dos passeios e do medo que sentia ao passar pelo casarão da cadeia; do medo dos cachorros doidos e das visagens do Poço Frio.

Saudades das lembranças, da minha infância querida, das minhas belas férias de inverno, que os anos não trazem mais!

SERÁ O BENEDITO ?


BENEDITO BATISTA I

Certa vez, Benedito Batista, que trabalhava como caixeiro na sua juventude, andava a cavalo divulgando seus produtos junto às comunidades rurais na região de Jerumenha, tipo Papa-Pombo, Santa Teresa, etc.

Naquele momento, por outro lado, Urbano Pacifico, que era parente de Benedito, fazia inspeção das fazendas de seu grupo familiar de São Luis do Maranhão no rumo de Veados, hoje conhecida como Artur Passos.

Urbano viajava em sua famosa Rural, com os seus irmãos Arsênio e Antonio (proprietários das antigas lojas Arpaso Pop em São Luís / MA) em direção as suas fazendas, quando avistaram aquele cavaleiro vindo distante.

- Quem será, hein, Urbano! - perguntara Arsênio.

Com o seu senso de humor apurado e a sua presença de espírito, Urbano olhou bem para aquele homem vindo em seu cavalo baio e respondeu, literalmente:

- Rapaz, aquele ali, eu tenho certeza, de que é Benedito Batista!

- Será! – questionara seu irmão Arsênio.

Aguardando a sua aproximação, os irmãos Pacifico ficaram a espreita de Benedito, quando, finalmente, se encontraram, Urbano tomara a iniciativa:

- Benedito, rapaz, que quiá! Aqui é Urbano Pacifico! Ta me conhecendo?

Benedito, cauteloso, olhara bem a todos, desconfiando e analisando todo o ambiente, procurando se situar. Depois, calmamente, percebendo de que realmente se tratavam de seus amigos e parentes, falou aquela sua tranquilidade que lhe era particular:

- Rapaz, sabe que é mermo!

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...