terça-feira, outubro 31

RIO GURGUEIA


O velho rio Gurguéia - feito cobra grande - em Jerumenha, durante o período das enchentes da década de oitenta, ali, na altura do riacho do Urubu.

Costumávamos nos divertir bastante nas férias, tipo, pescar, tomar banho, descer o rio, pular as quintas, caçar passarinhos, brincar de caubói e atravessar o rio rumo ao São Camilo.

A foto ao lado, não sabemos como está, hoje, mas trata-se daquela represa, que cobre praticamente todo o riacho do urubu em época de cheia.

Dizem que várias rezes afogaram-se ou foram engolidas pela grande força desse tenebroso e, também, nobre rio de muitas histórias e mistérios.

"O piau, fisgado, agonizando, no anzol, seu último nado..."

terça-feira, outubro 17

CASA DE VOVÓ MARGARIDA

Este era o antigo casarão de vovó Margarida, localizado, ali, no Barro Alto, hoje asfaltado e que dá acesso ao antigo banho do Bezerra e à cidade de Landri Sales.

Nos anos sessenta, quando menino, lembro-me bem, sempre passava as minhas férias com a vovó. Na esquina da casa, ficava a quitanda de vovô Roberto Corró ( como era chamado ).

A movimentação era grande nessa época. Cheguei a ver muitas boiadas e vaqueiros; tinha os banhos no riacho do Urubu e as pescarias no famoso Gurguéia.

Muita gente gostava de visitar vovó no casarão para tomar aquele bom cafezinho adoçado com rapadura com dona Margarida.

Lembro-me das passarinhadas, da casa do senhor João da Cruz (artesão do couro), dos sobrados, do Poço Frio, dos bueiros, do tempo de caju, das caçadas de Agostinho e do senhor Viturino com o facão na cintura.

Hoje, esse casarão já não mais existe. As águas da enchente do Gurguéia o levou, o terreno foi vendido e, atualmente, há uma casa tipo caixa de sapato no lugar.

Saudades daquele tempo; é de não aguentar; andando pelo riacho, vendo o sertão serenar; ah, que vontade de voltar...!

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...