sexta-feira, junho 29

ARVOREDOS


Os arvoredos da velha jerumenha, alguns centenários, deixam marcas profundas em nossos corações na lembranças eternizadas em nossas veias.

Andar por entre ruas e becos, observando os lugares, nos deparamos com as emoções. Que saudades que eu tenho dos quintais e das quintas, das goiabas e dos ingás; da quitanda de Roberto Corró e das prosas ébrias de tio Zezinho.

São essas lembranças que me deixam preso, com a garganta entalada, suportando os choros das auroras que se foram. As lágrimas são um desabafo espontâneo que carrego e que carregarei até o fim dos meus dias.

Certamente, que ainda verei a musa sorrateira que me deixava tonto de tanta paixão. Ou será que, de repente, apenas estarei sonhando com o futuro?

sexta-feira, junho 22

IGREJA




Lembro-me, bem, que nos anos sessenta, quando era menino, costumava assistir as missas e andar pela praça com vontade de comer algodão doce. Eu estudava, à época, em Jerumenha e morava com a minha tia Doralice ( filha de Roberto Corró ), mas não saía da casa de minha avó Margarida.

Eu tinha hábito de sair com um antigo amigo meu, vizinho lá, pra caçar passarim, andar pelo Barro Alto, Poço Frio, Bezerra e tomar banho no riacho do Urubu, pescar no Gurguéia e escutar os coaxares do mato.

Tempos bons, que não voltam mais; hoje, olhando para trás, sentimos o quanto éramos felizes, mas não sabíamos disso; mas o negócio é que dava gosto de viver, realmente, a vida, como deve ser vivida, que infelizmente, hoje, a criançada é vidrada mais nos games e shoppings de consumo.

Fazer o quê!

quinta-feira, junho 14

DETALHE DO PORTAL


A fotografia, hoje, pode fazer milagres. O vídeo, também. Vejam só que espetáculo o detalhe do portal de nossa bela matriz de Santo Antonio.

Há muitos outros lugares e becos, que podem ser documentados, contados ou filmados. Jerumenha tem um contexto, mas precisamos saber explorar bem para satisfazer a alma.

Nossos estudantes precisam conhecer, pesquisar e divulgar nossa terra. Há muitas histórias e um folclore riquíssimo e muita pureza e belas paisagens.

Lutar, também, pelo nosso patrimônio arquitetônico é fundamental. Temos que estar vigilantes, no sentido construir um futuro brilhante para as próximas gerações, para que possam sentir orgulho de sua terra e de suas origens.

Foto: Agamenon Pedrosa

quarta-feira, junho 6

RIO GURGUEIA


Paisagem extraída a partir da inspiração do nosso amigo e fotógrafo - Agamenon Pedrosa de Floriano em suas andanças pelo Piauí, Maranhão e Brasil a fora.

A foto ao lado foi tirada de cima da ponte da estrada que vai para Guadalupe do lado esquerdo de quem vai. Havia alguns amigos nossos, naquele tempo, que pulavam daí de cima da velha ponte, quando o Gurguéia estava cheio. Uma loucura!

Por aí, também, costumávamos ir para o São Camilo, propriedade de meu avô Roberto Corró para passar as nossas férias. As pescarias, banhos de riacho e, até, caçar passarinhos, eram as nossas brincadeiras mais delirantes.

Saudades de um tempo bom e que precisamos sempre relembrar da velha Jerumenha, que os anos não trazem mais.

...
Foto: Agamenon Pedrosa

sexta-feira, junho 1

IGREJA DE SANTO ANTONIO


Mais um detalhe especial de nossa bela matriz de Santo Antonio. As palmeiras dão um diferencial, uma postura poética para os nossos olhos.

Essa mansidão nos dá uma sensação de bem estar e um momento épico, fazendo com que as velhas lembranças nos voltem à tona.

Corríamos por ali, brincando de quemente, de esconde-esconde, de preso e de brincadeiras de roda. Hoje, são os games que tomam de conta e as baladas tecnobregas é que contagiam a nova juventude.

Nada é para sempre, mas essas fortes lembranças de outras auroras me fazem sentir mais seguro, para manter-me fiel a essas emoções fortes que me carregam para uma nova era espiritual.

Foto: Agamenon Pedrosa

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...