quarta-feira, dezembro 13

RETRATOS II

Era por volta do ano de 1957, quando um grupo de jovens jerumenhenses e florianenses reuniram-se num passeio matinal para uma sessão fotográfica pelos arredores da cidade. E, dentro desse momento agradável e romântico, o nosso querido irmão Tibério José de Melo, hoje morando na cidade maravilhosa, entrou em cena para retratar essa idéia.

O local aí é na beira do velho rio Gurguéia próximo ao riacho do Urubu. Na verdade, foram momentos divertidos e contemplativos, onde tudo era festa.

O encontro desses jovens, à época, rendia até casamentos. Mas a diversão falava mais alto. Presença estonteante de Zé Albérico, Toínho, Dorinha, Conceição, Francinete, Alda, Maria de Lourdes, Fernando, Maysa, Gardênia, Doralice, Docarmo e outros.

Uma turma boa de encantar-se e para ganhar o dia! Viva a nossa dor na canela!

terça-feira, dezembro 12

RETRATOS



Há momentos na vida da gente que precisamos conter a emoção. O tempo passa rápido e, muitas vezes, percebemos que a felicidade existiu entre nós.

Vejam que belo momento extraído do período romântico dos anos cinqüenta. Dona Lourdes mostrando-se inquieta mas feliz com os seus dois marmanjos – Tibério e Danúnzio na praça doutor Sebastião Martins em Floriano.

Vovó Margarida tinha trabalho dobrado, quando essa gurizada chegava em Jerumenha. Vovô Roberto Corró também tinha que participar. Lembro de quando íamos a São Camilo a cavalo, atravessávamos o velho Gurguéia e seguia em frente com o comando de vovô.

Como estarão esses sertões, hoje!

quinta-feira, dezembro 7

JERUMENHA, TERRA QUERIDA


JERUMENHA, TERRA QUERIDA - SAUDADES

( Na foto ao lado, o nosso amigo Chico Amorim Sobrinho passeando sobre a Ponte do Rio Gurguéia em Jerumenha em fasefinal de construção nos anos sessenta)


JERUMENHA, terra onde vivi boa parte da minha infância e da minha adolescência. Hoje, ao ver fotos no portal na internet do teu solo e da tua gente, fizeram com que desse uma pausa em minhas atividades para recordar-te, vejamos:

Barro Alto: com bueiro, sem bueiro, com piçarra, com asfalto; Riacho do Urubu, com seus lajedos; Estradinha entre as marias-moles, dos casarões de seu João da Cruz e de seu Roberto Corró; fotos do Janclerques e do Moreira; Igreja de Santo Antonio com seus patamares.

Isto tudo me fez viajar ao passado através da mente, buscando e revivendo muitas coisas boas e a saudade apertando, apertando e não a suportei, aqui estou diante do computador para externar aquilo que sinto no momento:

“Oh!, Saudades, que aperta o coração da gente;
Saudades distante que faz doer o íntimo da gente;
Deixa que eu externe estas saudades,
Para “alegria de um coração que sente”.

Do Barro Alto vem-me à tona a saudades dos bolos e manuês da Zefa do inesquecível compadre Moisés, que gostava de desfilar montado em um burro marchador com seu chapéu na cabeça; sinto saudades da madrinha Preta, mãe do Antonio Campos, com sua quinta de goiabeiras e coqueiros, que ficava ao lado da Casa do senhor Antonio Leôncio: sinto saudades da padaria do Tio Elizeu, que ficava na subida do Barro Alto, ali após o bueiro, onde degustávamos o pãozinho quente com refresco da fruta da estação, da época, sinto saudades do barzinho do Chico e da Jesus, ali entre a casa da Tia Raimundinha e do senhor Deoclécio, onde fazíamos as nossas tertúlias... Puxa!

Sinto saudades do som da sanfona do Manoelzinho e sua troupe; sinto saudades do Antonio João tocando o seu pandeiro, triangulo ou cantando, suas sátiras. Sinto Saudades do Urbano Pacífico com sua sanfona grande, sacudindo a juventude no embalo do forró.

Sinto saudades dos banhos nas águas do Rio Gurguéia, onde ficávamos brincando em suas areias movediças. Recordo bastante que quando estávamos a pular dos galhos das Ingazeiras e das moitas de mufumbo e que quando exalava aquele cheiro característico de uma sucuri, que a tua gente simplesmente chamava de sucruiú, saíamos da água com medo e hoje sabemos do perigo e do risco que corríamos naquela época.Tudo era aventura e buscávamos a aventura a toda hora. Coisa do jovem da nossa época.

Sinto saudades do senhor Agnelo com seu barzinho ao lado do prédio da cadeia pública, com sua coalhada, geladinha e gostosa. Sinto saudades dos forrós no Buru. Sinto saudades do casarão do meu Tio Chico Amorim e da minha Tia Terezinha a quem carinhosamente chamava-a de Mãezinha com sua loja, na esquina da Praça de Santo Antonio e um poço cacimbão no centro do terraço interno, com uma vazão que se mantinha estável toda vida e de onde no período chuvoso tirávamos água com uma balde e que diariamente estava sendo visitado por pássaros como: canários da terra, cochichos, bigodes, rolinhas etc.

Sinto saudades da Praça de Santo Antonio, com suas mangueiras seculares em volta e os casarões dos Fonseca, dos Machados, dos Rocha, da Família do Dió, da Família do senhor Antonio de Hermógenes, da Dinair, do saudoso Mané Piola, do Zé Benedito, do Hermógenes, do Emanuel Fonseca, do Wilhame, do Pedro e Antonio José do Dió, do Zé Matos.

Sinto Saudades do meu Amigo Antonio João Corró, da Olindina e de seus filhos, da Família Carreiro, do Capitão Adelson e sua família, do Emanuel Fonseca e sua família, do doutor João Martins e sua família, do Albérico lá dos Correios e Telégrafos, do Joel Campos, do Raimundo Cavalo Veio, do Antonio de França e seu barulho, jogando carteado ou dominó, do Sr. Benedito Fonseca e sua família, do Dada, da Dedé do Antonio Campos, da Cecília, a grande enfermeira, da Júlia, do Manuel, do Álvaro, da Maria e suas irmãs; do senhor Argílio e do senhor Adolfo.

Sinto Saudades das peripécias de seu Tonho, das zangas de Zé Veio, que quando cismava ia a pé para Floriano e acertava a nossa casa e passava dias dormindo no corredor na entrada da casa, e deixava todo mundo preocupado, com medo de uma onça pegá-lo na estrada entre Floriano e Jerumenha, dormia nas matas, essa gente também foi importante para Jerumenha, marcaram época, fizeram história.

Sinto saudades do Padre Anchieta, sempre o encontrava aqui em Teresina, lutando pelo desenvolvimento da sua colônia do Gurguéia. Nas minhas férias, às vezes ajudávamos o Santo Padre nas missas, tocando sinos, limpando a sacristia, ajudando nas confecções das hóstias e também necessitávamos de sua ajuda para permitir que jogássemos a nossa peladas ao lado da igreja onde existia um campo e da sua permissão para após a celebração do terço à noite a sua permissão era importantíssima para que ficássemos brincando nos patamares da Igreja.

Por Chico Amorim Sobrinho

quarta-feira, dezembro 6

RIACHO DO URUBU II

Outra bela tomada do famoso riacho do Urubu no rumo da represa do velho rio Gurguéia. O silêncio dali exaltava mistérios. A poesia e a natureza tomando de conta de nossa inspiração.

As nossas férias daquele período foram salvas. Brincamos, documentamos e estamos, agora, matando a saudade. O sertão pode, até, virar mar, mas estão aí momentos de grande nostalgia.

Quando escutávamos o grito de Moreira, era a vovó Margarida nos chamando para o almoço. Antes tínhamos que nos “se assear”. A sobremesa era uma saborosa melancia ou uma garapa de cajá.

Tempos bons, aqueles!

sábado, dezembro 2

RIACHO DO URUBU


Imagem extraída de nossa inspiração do velho Riacho do urubu. Era aí que costumávamos tomar banho nos escorrega-bundas, banhando na chuva e sentindo os coaxares do mato.

Somos filhos desse sertão maravilhoso que ouvimos e que deixamos marcas e lembranças. O serenar do dia fazíamos tocar os borás e os tambores já começavam a ecoar sertão a dentro.

Ouvia-se os latidos dos cachorros doidos e os chocalhos das rezes na volta para os currais.

A noite vem sorrateira. O sono profundo vem rápido e os sonhos se completam nas perispércias de nossas fantasias.

sexta-feira, dezembro 1

BARRO ALTO

Vejam só esta bela tomada do famoso Barro Alto. Observamos o velho bueiro que corta o riacho, próximo ao Poço Frio.

Essa paisagem épica nos transporta às auroras de antigamente, quando perambilávamos por ali aproveitando a vida adoidados.

As passarinhadas, o banho do Bezerra, o medo de cachorro doido, as boiadas e as passaradas.

A quitanda de vovô Roberto era bem sortida e movimentada. Os vaqueiros e alguns diaristas como de costume pediam seus dois dedos de pinga para abrir o apetite.

Hoje, esses momentos ficaram em nossas lembranças, para amenizar o nosso sofrimento de tanta saudade.

quinta-feira, novembro 30

BUEIRO

Esse matagal aí ao lado são pés de bonitas marias-moles que cobriam o bueiro velho do canto do quintal da casa de vovó Margarida. Havia, por ali, um estreito caminho que dava acesso ao riacho do urubu e ao rio Gurguéia e onde costumávamos fazer nossas traquinagens.

Observamos à esquerda a central na subida do Barro Alto e, ainda, a casa de palha do senhor João da Cruz e a esquina da antiga quitanda de vovô Roberto.

São registros que foram feitos ainda antes das enchentes que dizimaram esse velho casarão.

Momentos que nos vêm à lembrança por causa da saudade.

terça-feira, novembro 28

NOVA GERAÇAO

Antigamente, a meninada sabia matar uma bola no peito, descer o rio, tirar uma facada, subir em árvores, pular um muro, bater uma bolinha; as meninas brincavam de queimado, macacão e pedrinhas.

Hoje, tá tudo diferente. A nova geração é a do shopping e a dos games. De qualquer forma, eles estão evoluindo, exaltando uma nova filosofia de vida.

É o caso das duas feras aí. Samuel e melo Júnior, bisnetos dos Corrós, mostrando sua moral e categoria.

É preciso, no entanto, acreditar nessa moçada. Eles precisam de uma chance.

Revolucionar!!

sábado, novembro 25

CASARAO

O tempo passou e, hoje, constatamos uma nova realidade. Observamos, nesta interessante tomada, o famoso barro alto em nossa querida Jeruemenha, totalmente asfaltado.

É o chamado progresso, o futuro que veio nos tirar a poesia. O casarão aí, hoje, era a antiga residência de minha avó Margarida Batista, citada anteriormente. Infelizmente os tempos passaram-se sorrateiramente a nos envolver com festas e consumo.

Não temos mais os campos, as auroras de antigamente; por isso, precisamos resgatar os bons tempos.

Saudades!

terça-feira, novembro 21

IGREJA DE SANTO ANTONIO



Que saudades que eu tenho dos carnaubais, dos oitís e dos mangais; dos tempos de caju e dos riachos; do velho Gurguéia com suas águas turvas.

A praça da matriz, o mercado velho, o bar do Chico e dos casários antigos; das manhãs chuvosas e dos milharais.


Ah, que dor na canela; de olhar da janela a boiada e a passarada; saudades das conversas com o seu João da Cruz; dos coaxares dali dos riachos; dos banhos de sol nos lajedos e do frio dos orvalhos.

Lembro-me do São Camilo, das pescarias e das caçadas de agostinho; dos sobrados e da poeira do barro alto; do Poço Frio e da forte presença de dona Júlia; dos cafés de vovó Margarida e das boas conversas das calçadas.


Jerumenha, terra querida; que permaneça-te sempre assim na calmaria, que vou sempre carregar comigo essa agonia saudosa dos tempos de outrora.

sábado, novembro 18

CASARÃO DOS CORRÓ

Outra bela tomada do casarão dos meus avós na saudosa Jerumenha. Havia uma certa magia, emoções e muita diversão. As nossas férias eram sagradas na presença de nossas traquinagens.

Havia por ali a casa de seu João da Cruz, do senhor Moisés, o Poço Frio e o Riacho do urubu. O banho do Bezerra era sagrado. A passarinhada pelos riachos, as cacimbas e o velho Gurguéia era roteiro sagrado.

Hoje, lamentavelmente, os tempos passaram-se. Estamos apenas curtindo as lembranças de nossa querida infância, que os anos não trazem mais.

Precisamos colorir o nosso futuro.

sábado, novembro 11

NETOS DE DONA MARGARIDA


A foto ao lado mostra a família Melo, extraída da inspiração do famoso mestre da fotografia Leuter Epaminondas ao lado da Igreja Matriz de Floriano no ano de 1964.

O casal Antonio de Melo Sobrinho e dona Maria de Lourdes Batista de Melo, esta filha de dona Margarida Batista de Sousa e de seu Roberto Corró, mostrando os netos de dona Margarida Batista .

Tibério ( economista aposentado, residindo no Rio de Janeiro ), Danunzio ( in memorian ), Ubaldo ( ex – jogador do Clube de Regatas Brasil de Almeida ), Lenka ( Rio ), Janclerques e Eulálio ( estes, também moram em Teresina ), Uiara ( vive em Brasília ) e Merilan.

Fora estes ( ainda no pensamento ), iriam nascer o Adalto e o caçula Antonio Filho ( que também residem em Teresina ).

Tempo em que ainda não havia chegado a maldita televisão.

quinta-feira, novembro 9

DE VOLTA PARA O FUTURO


"Como esse mundo é pequeno..." E eu responderia: "... não; grandes são os nossos passos!

Reencontrei o meu amigo Zé Roberto ( foto ) por aqui, no mundo virtual. Costumávamos jogar futebol de salão em Floriano, nos anos oitenta, junto com o pessoal do EMATER e TELEPISA. Depois da pelada, havia a descontração e o chopp gelado.

O Zé Roberto morou em Jerumenha durante o período de 1976 a 1983 e, hoje, morando no Paraná sente muita saudade da terrinha maravilhosa e daqueles momentos românticos que os anos não trazem mais.

Casado com Suely Mendes Moreira, filha dona Dagmar Alves Moreira, que morava ao lado do Hotel da Dona Emília, voltou para o Paraná, mas passou os melhores anos de sua vida em Jerumenha, juventude, futebol de salão e foi, até, goleiro da seleção de Jerumenha durante muitos anos e era bom no gol. Brevemente, espera voltar à velha Jerumenha para rever amigos e tomar umas geladas nos festejos de junho.

Vamos aguardá-lo!

terça-feira, outubro 31

RIO GURGUEIA


O velho rio Gurguéia - feito cobra grande - em Jerumenha, durante o período das enchentes da década de oitenta, ali, na altura do riacho do Urubu.

Costumávamos nos divertir bastante nas férias, tipo, pescar, tomar banho, descer o rio, pular as quintas, caçar passarinhos, brincar de caubói e atravessar o rio rumo ao São Camilo.

A foto ao lado, não sabemos como está, hoje, mas trata-se daquela represa, que cobre praticamente todo o riacho do urubu em época de cheia.

Dizem que várias rezes afogaram-se ou foram engolidas pela grande força desse tenebroso e, também, nobre rio de muitas histórias e mistérios.

"O piau, fisgado, agonizando, no anzol, seu último nado..."

terça-feira, outubro 17

CASA DE VOVÓ MARGARIDA

Este era o antigo casarão de vovó Margarida, localizado, ali, no Barro Alto, hoje asfaltado e que dá acesso ao antigo banho do Bezerra e à cidade de Landri Sales.

Nos anos sessenta, quando menino, lembro-me bem, sempre passava as minhas férias com a vovó. Na esquina da casa, ficava a quitanda de vovô Roberto Corró ( como era chamado ).

A movimentação era grande nessa época. Cheguei a ver muitas boiadas e vaqueiros; tinha os banhos no riacho do Urubu e as pescarias no famoso Gurguéia.

Muita gente gostava de visitar vovó no casarão para tomar aquele bom cafezinho adoçado com rapadura com dona Margarida.

Lembro-me das passarinhadas, da casa do senhor João da Cruz (artesão do couro), dos sobrados, do Poço Frio, dos bueiros, do tempo de caju, das caçadas de Agostinho e do senhor Viturino com o facão na cintura.

Hoje, esse casarão já não mais existe. As águas da enchente do Gurguéia o levou, o terreno foi vendido e, atualmente, há uma casa tipo caixa de sapato no lugar.

Saudades daquele tempo; é de não aguentar; andando pelo riacho, vendo o sertão serenar; ah, que vontade de voltar...!

quinta-feira, setembro 28

AMOR À VIDA


CHICOLÉ de Floriano ( grande craque e piolho de bola ) era quem dizia prá gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar era Nego Chico Kangury ( foto ).

Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha.O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia. O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento.

Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia.

A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano.

Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”.

Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta. E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada.

Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. O Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente.

Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses.

Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha.

O senhor José Leonias era muito tranqüilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier.

Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora.
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Fonte: www.florianoemdia.com

LEMBRANÇAS


Esta é pra CHICO KANGURY - "PÉ EMBOLADO & "SE PEGA"!

A foto ao lado foi tirada nas águas do rio Gurguéia, em Jerumenha, quando essas "crianças" aprontavam, jogando bola.

Da esquerda para direita, observamos Chico kangury, Chico José, Antonio José do Dió e Firmino Pitombeira.

Chicolé conta em sua resenha no site FLORIANO EM DIA, que "após um treino, iam se refrescar nas águas do Rio Gurguéia na cidade de Jerumenha, acho até que ele nem lembra mais. Somos amigos desde a infância.

Pois bem, havíamos terminado de preparar um campinho que ficava perto de lá de casa, ali na Eurípides de Aguiar, próximo da casa do Sr. Geraldo Teles, pai do Zé Geraldo, do Carlos, do Nilson, era um time completo na casa dele na época e ao lado da casa do Joaquim José. Existia muito mato por lá, apesar de termos feito uma limpeza no capricho, muito carrapincho, mas restaram algumas raízes.

No Jogo de inauguração, eu estava jogando no mesmo time de nego kangury, parece-me que Junior do Sr. Antonio Sobrinho era o nosso goleiro (goleiro bom, mais novo do que a gente, arrojado e tinha uma elasticidade fora de série, às vezes ele chorava, a gente dava uma dura nele e ele fechava o angulo), sim, eu jogava de zagueiro central e saí da área com a bola dominada e gritei pro kangury: entra, compadre..., ele saiu feito um foguete, toquei a bola redondinha pra ele fazer o gol, do jeito que chegou na bola, meteu o pé embolado por baixo que levou bola e um punhado de raízes, chutando pra fora e caindo no chão segurando o pé. Aproximei-me dele e disse, se você tivesse chutado com calma tinha feito o gol. Ele respondeu: É... Ah se pega, tinha sido dentro, mestre.

O “se pega” ficou na história. E o melhor seria se se tivesse acertado mesmo, teria sido gol, tamanha a potência do chute. O nosso Denílson, só chutava com o peito do pé".
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Fonte -
www.florianoemdia.com

quarta-feira, setembro 13

FORMATURA



Robert nasceu em Teresina, mas já merece carinhosamente o título de cidadão jerumenhense, por sua paixão pela terra de suas origens, uma cidade simples, aconchegante e hospitaleira.

Recentemente, Robert foi agraciado com a formatura em Administração pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI, representando, desta forma, uma esperança e uma nova proposta para um futuro brilhante.

O jovem ROBERT DE MATOS SOUSA, é filho do estudante de Direito José Moreira de Sousa e da professora Ana Maria Matias de Matos Sousa.

Robert, a propósito, reuniu-se com os seus amigos na cidade de Jerumenha para comemorar esta grande façanha conquistada com esforço e dedicação.

A cidade de jerumenha, portanto, está de parabens!

Vamos comemorar!
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Foto: Robert e seus amigos

quarta-feira, agosto 23

DE VOLTA PARA A SAUDADE



Vejam só o que era os tempos românticos em Floriano. Essa bela fotografia foi tirada da estátua de Floriano Peixoto na praça doutor Sebastião Martins.


Nossa querida mãe, flagrada pelo nosso saudoso fotógrafo Farias nos anos cinquenta, estabelecendo e registrando um raro momento do cotidiano de Floriano.


Em homenagem ao mês das mães, aí está a professora Maria de Lourdes Batista de Melo, filha de dona Margarida Batista e Roberto Corró de Jerumenha em pose magistral, exaltando sua beleza e a sua graça de mulher.



Tudo era festa!

PAINEL DA SAUDADE


Sim, como tenho saudades lá do Barro Alto, dos riachos e dos arvoredos; das auroras, do canto do passarinhedo; dos coaxares do mato; da casa da minha querida avó Margarida ( pintura ao lado ): da quitanda de Vovô Roberto; do riacho do Urubu; do São Camilo, do Poço Frio; do banho do Bezerra e das caçadas de passarinhos; e das correntezas do rio Gurguéia em seu silêncio místico.

Lembro do senhor João da Cruz, do velho Viturino com o facão do lado, dos grogues de tio Zezinho e dos cafés de vovó Margarida adoçados com rapadura; de vovô Roberto no curral tirando o leite das vacas.

Saudades das novenas, dos passeios e do medo que sentia ao passar pelo casarão da cadeia; do medo dos cachorros doidos e das visagens do Poço Frio.

Saudades das lembranças, da minha infância querida, das minhas belas férias de inverno, que os anos não trazem mais!

SERÁ O BENEDITO ?


BENEDITO BATISTA I

Certa vez, Benedito Batista, que trabalhava como caixeiro na sua juventude, andava a cavalo divulgando seus produtos junto às comunidades rurais na região de Jerumenha, tipo Papa-Pombo, Santa Teresa, etc.

Naquele momento, por outro lado, Urbano Pacifico, que era parente de Benedito, fazia inspeção das fazendas de seu grupo familiar de São Luis do Maranhão no rumo de Veados, hoje conhecida como Artur Passos.

Urbano viajava em sua famosa Rural, com os seus irmãos Arsênio e Antonio (proprietários das antigas lojas Arpaso Pop em São Luís / MA) em direção as suas fazendas, quando avistaram aquele cavaleiro vindo distante.

- Quem será, hein, Urbano! - perguntara Arsênio.

Com o seu senso de humor apurado e a sua presença de espírito, Urbano olhou bem para aquele homem vindo em seu cavalo baio e respondeu, literalmente:

- Rapaz, aquele ali, eu tenho certeza, de que é Benedito Batista!

- Será! – questionara seu irmão Arsênio.

Aguardando a sua aproximação, os irmãos Pacifico ficaram a espreita de Benedito, quando, finalmente, se encontraram, Urbano tomara a iniciativa:

- Benedito, rapaz, que quiá! Aqui é Urbano Pacifico! Ta me conhecendo?

Benedito, cauteloso, olhara bem a todos, desconfiando e analisando todo o ambiente, procurando se situar. Depois, calmamente, percebendo de que realmente se tratavam de seus amigos e parentes, falou aquela sua tranquilidade que lhe era particular:

- Rapaz, sabe que é mermo!

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...