quinta-feira, setembro 28

AMOR À VIDA


CHICOLÉ de Floriano ( grande craque e piolho de bola ) era quem dizia prá gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar era Nego Chico Kangury ( foto ).

Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha.O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia. O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento.

Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia.

A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano.

Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”.

Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta. E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada.

Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. O Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente.

Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses.

Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha.

O senhor José Leonias era muito tranqüilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier.

Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora.
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Fonte: www.florianoemdia.com

LEMBRANÇAS


Esta é pra CHICO KANGURY - "PÉ EMBOLADO & "SE PEGA"!

A foto ao lado foi tirada nas águas do rio Gurguéia, em Jerumenha, quando essas "crianças" aprontavam, jogando bola.

Da esquerda para direita, observamos Chico kangury, Chico José, Antonio José do Dió e Firmino Pitombeira.

Chicolé conta em sua resenha no site FLORIANO EM DIA, que "após um treino, iam se refrescar nas águas do Rio Gurguéia na cidade de Jerumenha, acho até que ele nem lembra mais. Somos amigos desde a infância.

Pois bem, havíamos terminado de preparar um campinho que ficava perto de lá de casa, ali na Eurípides de Aguiar, próximo da casa do Sr. Geraldo Teles, pai do Zé Geraldo, do Carlos, do Nilson, era um time completo na casa dele na época e ao lado da casa do Joaquim José. Existia muito mato por lá, apesar de termos feito uma limpeza no capricho, muito carrapincho, mas restaram algumas raízes.

No Jogo de inauguração, eu estava jogando no mesmo time de nego kangury, parece-me que Junior do Sr. Antonio Sobrinho era o nosso goleiro (goleiro bom, mais novo do que a gente, arrojado e tinha uma elasticidade fora de série, às vezes ele chorava, a gente dava uma dura nele e ele fechava o angulo), sim, eu jogava de zagueiro central e saí da área com a bola dominada e gritei pro kangury: entra, compadre..., ele saiu feito um foguete, toquei a bola redondinha pra ele fazer o gol, do jeito que chegou na bola, meteu o pé embolado por baixo que levou bola e um punhado de raízes, chutando pra fora e caindo no chão segurando o pé. Aproximei-me dele e disse, se você tivesse chutado com calma tinha feito o gol. Ele respondeu: É... Ah se pega, tinha sido dentro, mestre.

O “se pega” ficou na história. E o melhor seria se se tivesse acertado mesmo, teria sido gol, tamanha a potência do chute. O nosso Denílson, só chutava com o peito do pé".
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Fonte -
www.florianoemdia.com

quarta-feira, setembro 13

FORMATURA



Robert nasceu em Teresina, mas já merece carinhosamente o título de cidadão jerumenhense, por sua paixão pela terra de suas origens, uma cidade simples, aconchegante e hospitaleira.

Recentemente, Robert foi agraciado com a formatura em Administração pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI, representando, desta forma, uma esperança e uma nova proposta para um futuro brilhante.

O jovem ROBERT DE MATOS SOUSA, é filho do estudante de Direito José Moreira de Sousa e da professora Ana Maria Matias de Matos Sousa.

Robert, a propósito, reuniu-se com os seus amigos na cidade de Jerumenha para comemorar esta grande façanha conquistada com esforço e dedicação.

A cidade de jerumenha, portanto, está de parabens!

Vamos comemorar!
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Foto: Robert e seus amigos

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...