sexta-feira, fevereiro 23

Santo Dácio

 

Por - Dácio Borges de Melo

Floriano, inverno de 1955.

Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo) 

Numa certa madrugada fria, bateram à nossa porta o voluntariado e funcionários da prefeitura a procura de papai que também era um voluntário. 

 O Velho Monge começava a subir ameaçando a população ribeirinha. 

O voluntariado tinha por missão fazer esse translado de todos os ribeirinhos, de suas casas até aos locais onde pudessem abrigados até o passamento do inverno. Geralmente eram colégios públicos, salões paroquiais, clubes ou outros espaços dependendo da dimensão do inverno.

Depois de toda essa arrumação, corria o voluntariado em busca suprimentos, roupas, colchões e cobertores pra ajudar os desabrigados. Era um trabalhão!

No correr dos dias, meses, ficavam todos a rezar esperançosos para que o Velho Monge recolhesse suas vastas e longas barbas ao leito natural do rio.

E quando isto ocorria era outra agonia, as famílias corriam a reparar e preparar suas casas e trazerem de volta todos os móveis e utensílios.

Era outra canseira do voluntariado, servindo-se de carroças e às vezes caminhões deslocavam todos os ribeirinhos às residências.

E foi no final de uma dessas missões que meu pai, mestre Walter, desceu até à beira do rio ainda vermelho da lama invernal, e olhando o rio, se pôs a pensar e meditar sobre todo aquele drama.

Foi então que perdido em seus pensamentos ele viu se aproximar e enroscar entre seus pés um tronco de porte médio e ele notou que mais parecia uma escultura. Abaixou-se e colocou entre as mãos e viu então que mais parecia a imagem de um santo. Não conseguindo identificar a imagem correu os olhos no pedestal e estava ali escrito, meio apagado o nome do santo.

 Sto. Dacio e ele pensou: " oxente, mas eu nunca ouvi falar desse santo!

Minha mãe estava grávida do seu quarto filho e ele então conclui que Deus enviara pelas águas do rio o nome do seu próximo filho. Obrigado Senhor, deve ter dito mestre Walter, cansado porém feliz e realizado!

E foi assim que nos dias 30 de maio daquele ano eu vim ao mundo: Dacio Borges de Melo.

Devo, portanto ao Velho Monge o meu santo nome.

Em tempo, a antiga Faço a, era uma nação bárbara situada entre a atual Romênia e parte da Hungria. A duras penas foi conquistada por Roma e onde a Igreja Católica enviou o bispo e futuro santo Dacio para converter seus próprios irmãos, já que ele filho daquela nação.

quinta-feira, janeiro 4

Vovó Margarida

 

Essa é a nossa querida vovó Margarida Batista de Sousa ( in memorian ), mas que se viva estivesse, já estariam completados seus 126 aninhos de vida.

Suas belas filhas Maria de Lourdes, Doralice (ir memórian) e Maria do Carmo lhes deixaram inúmeros netos e bisnetos, que hoje estão estudando e trabalhando, vivendo bem com a graça divina.

Margarida gostava de trabalhar, também, nas suas horas de folga, fazendo suas rendas, que lhe rendiam terapia e paciência, para levar a vida com muito amor e carinho junto aos que dela ladeavam.

Ah, que saudades sentimos de vovó. Sua lição de vida ficou com a gente e é por isso que estamos buscando sempre o lado bom da vida para suportar o dia a dia do momento atual.

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...