terça-feira, julho 19

BARRO ALTO

Ah, que saudades que eu tenho daqueles campos, daquele sertão, das tardes quentes e das manhãs do riacho do Urubu.
O Barro Alto, subindo, na altura do Bezerra; os cajús e os ingás e as goiabas gostosas; e a oficina de seu João da Cruz; são momentos de que recordo-me, lembrando dos quintais e das águas turvas do riacho; o sereno e os coaxares depois das chuvas madrigais.

Aos domingos, a praça, a missa e o corre corre dos meninos na fila pelos algodões doces. É o tempo passando e na lembrança daqueles parques de diversões, do cinema e dos papagaios em suas alegorias a céu aberto.
Ah, que saudades daquele tempo, é de não aguentar, correndo pelos riachos vendo o sertão serenar; ah, que vontade de voltar; só me lembro da vaca, do leite escaldado, do bezerro e do jumento Tatá; e aquelas expressões fascinantes daquele sorriso zombador, embalsamando-me em dores e sofrimento de amores mas sem dissabores.




JERUMENHA, SAUDADES!

Jerumenha, minha cidade, minha vida, minha saudade, quanto tempo não venho a ti; todos os lugares, por onde andei, sinto todos, a praça, o riacho do Urubu e o velho Gurguéia, onde costumava banhar e pescar.

A chuva que lembra seus sertões, omercado velho, a matriz, mas hoje o asfalto esquenta-te, ó querida Jerumenha dos passados meus e da minha musa inspiradora, quanta paixão.

Os coaxares me lembram das noites de chuva, dos gritos do Moreira e dos berros noite adentro; o café da vovó, o cuscuz e o bolo frito esquentando-me o corpo; o vovô preparando a vaca no curral para tirar o leite do café e o Agostinho fechando o curral.

Quando voltarei, ó Jerumenha, para rever-te os lares, as tuas flores e os teus cajueiros de lembranças passadas? Será minha eterna morada...

sexta-feira, julho 8

RETRATOS

Foto que nos reporta à Jerumenha velha, mostrando aí na pose o casal  tio Pedro e tia Helena junto com o pessoal da velha guarda.

Tempos maravilhosos foram aqueles, que quando lembramos, a saudade nos faz jorrar lágrimas de emoções.

Tia Helena ainda está firme em seu dia a dia, comandando e expressando sua simpatia e felicidade.

A vida é osso, preservar o que ficou de bom em nossas vidas, quando esses reencontros nos faz envaidecer pelo resto do dia

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...