sexta-feira, agosto 26

RETRATOS

Vagando, solitariamente, ando pelos riachos da minha infância, por entre as veredas das manhãs. O Urubu, O Poço Frio e o Barro Alto e o nosso São Camilo são minhas tenras lembranças.

As boiadas não mais existem e os tiús se escondem em outras matas; as águas do riacho em sequidão dos nossos dias; as chuvas são a esperança que expressam as orações de nossas vidas soturnas.

Vai, poeta, embora, buscar tuas lembranças, para esquecer as tuas mágoas e matar a saudade, mas não esquece da tua musa, bebe do mel e do cheiro das flores que ainda tentam brotar por lá.

As tuas voltas te trazem emoções fortes, os amigos e os personagens que tu guardas na lembrança, quefazem te reportar ao velho mercado central nas manhãs movimentadas; vais, mas deixa para trás teus momentos vividos, registrados pelo tempo que serão eternizados pelas tuas lágrimas matinais.

terça-feira, agosto 23

RETRATOS

Ah, quanta saudade, sinto dores na canela, quando me lembro da velha e maravilhosa Jerumenha; vem, poeta, reviver os teus sertões e observa o quanto está hoje mais quente.

O asfalto e o progresso chegaram, o Barro Alto, agora, é outro, o casarão de Roberto Corró não mais existe, mas os teus lugares ainda permanecem vivos em silenciosos coaxares.

O Urubu, claro, hoje, vive escondido e a natureza cresceu os seus arvoredos; as tuas enchentes o cobrem com as águas turvas do Gurguéia caudaloso.

Vem, ainda correm por lá as tuas veias e as tuas lembranças ainda vagam por lá, toma o teu banho e atira a pedra no xixá que adoravas; acalma esses teus choros de amores e aqueles dissabores foram embora, deixando somente uma esperança latente que faz vibrar os corações daqueles que amam a velha Jerumenha.

sábado, agosto 20

RETRATOS

Eu estava dando umas voltas aí pelos sertões de minha Jerumenha, relembrando a minha infância: riacho do Urubu, Poço Frio, Barro Alto e logo me deparei com o passado e dos lugares em que brinquei.

Aí na ( foto ) é a esquina da antiga quitanda de vovô Roberto, mas hoje há uma nova construção, o asfalto dando acesso ao inteior de outros municípios.

A saudade bate forte no peito, ando pensando nos bons tempos que vivi quando menino, caçando de baladeira, brincando de carro e correndo pelos riachos, comendo frutas maduras.

O tempo voa e hoje temos que nos contentar, mas pensando em sentir mais apertos no coração, sabendo que deixamos para trás paixões, lugares e pessoaas que nos faziam sorrir e chorar.

quarta-feira, agosto 10

RETRATOS

Aí, na praça central, à direita, havia o antigo mercado público local, um prédio de mais de cem anos, que poderia ter sido tombado, mas os administradores, à época, não tiveram a inspiração de preservar.

De qualquer forma, vamos seguindo, hoje, o contorno central de jerumenha já puseram esse asfalto, que tornou a temperatura mais forte ainda.

Seria de suma importância, se se preservasse aquele antigo calçamento em torno da praça e das principais ruas da cidade, pois aí a história urbana da cidade ficava intocável, mas essas mudanças vão se tornarndo aleatórias e a velha Jerumenha indo para uma nova transição.

Os prédios, os casarõpes e essas casas de adobo antiga, é preciso que se tombe, as autoridades tomem medidas para que possamos presevar o que sobrou.

Alguém tem de tomar essa iniciativa, de resgatar e preservar o que nos inspira!

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...