sexta-feira, novembro 9

PASSARINHADAS



Eu estava passando umas férias na casa da vovó Margarida e a coisa que eu mais gostava de fazer era caçar passarinhos. Andava para cima e para baixo no riacho do Urubu e pelas beiras do Gurguéia.

Com uma baladeira no pescoço e uma capanga na cintura fui atirar numas rolinhas debaixo de um pé de jatobá próximo à cacimba do riacho. Comecei a atirar várias vezes e nada de acertar. Na verdade, eu era fundo, só empolgação de criança.

Nervoso, continuei tentando, atirando, mas que nada: foi quando o meu tio Moreira apareceu e, de repente, me pediu a atiradeira e só três pedras de piçarra, só precisou disso: pá, bufo no chão. A fogopagô caiu durinha.

É claro que deu um fritinho de primeira, mas hoje, quando me lembro dessas nossas andanças, às vezes nos dá uma certa tristeza, mas a emoção ficara eternizada para lembrarmos sempre e fazer muita reflexão.

Nenhum comentário:

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...