
Lembro-me dos tempos das travessias, das pescarias e do silêncio do Gurguéia em suas cheias de inverno.
Os coaxares e o canto dos pássaros dali me povoam o tempo inteiro; os camalões nos assustando pelos arredores das faveiras e os soínhos nos botando medo.
Volto para casa pulando a cerca do quintal, na hora do almoço, para comer um cozidão de bode.
À tarde, volto ao Poço Frio, para sentir o frio do riacho. Chego ao anoitecer, asseado, no ponto para traçar a marizabel quente, com um suco de maracujá feito na hora, tirado do pé do fundo do quintal.
O latido do Gigante ecoa pela noitinha, quando vamos para a calçada jogar conversa fora.
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