sexta-feira, julho 20

TRAVESSIAS


Lembro-me dos tempos das travessias, das pescarias e do silêncio do Gurguéia em suas cheias de inverno.

Os coaxares e o canto dos pássaros dali me povoam o tempo inteiro; os camalões nos assustando pelos arredores das faveiras e os soínhos nos botando medo.

Volto para casa pulando a cerca do quintal, na hora do almoço, para comer um cozidão de bode.

À tarde, volto ao Poço Frio, para sentir o frio do riacho. Chego ao anoitecer, asseado, no ponto para traçar a marizabel quente, com um suco de maracujá feito na hora, tirado do pé do fundo do quintal.

O latido do Gigante ecoa pela noitinha, quando vamos para a calçada jogar conversa fora.

Nenhum comentário:

Santo Dácio

  Por - Dácio Borges de Melo Floriano, inverno de 1955. Segundo narração de D. Inhá, minha mãe e vovó Serva. (Maria Serva de melo)  Numa cer...