Ali, na frente, era a casa da vovó Margarida, na subida do Barro Alto, destruída pelas enchentes do Gurguéia e, hoje, vê-se já um asfalto corroído pelo tempo, mas temos saudades da velha carroçal.
Lembro que brincava poraí, correndo feito doido e tomando sol de manhã, observando os cabritos pularem nos lajeros. Muitas vezes, nas madrugadas chuvosas, escutávamos os coaxares do mato, que invadiam meus pensamentos noturnos e soturnos no balanço da rede.
Saudades dos madrigais, do pé de milho, das goiabas e dos ingás; do riacho do Urubu, cheio e escorregadio. Baladeira em punho, com capanga e tudo, lá íamos nós caçar passarinhos, mas na verdade, mal conseguíamos atirar somente em calangos, emoções fortes de menino.
Bem que na memória, ainda guardamos essas lembranças, que os anos não nos trazem mais, apenas lutamos para preservar esses acontecimentos de nossas vidas e de nossos momentos intensos e felizes.
quarta-feira, setembro 7
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