Desenhamos, graficamente, um quadro de como mais ou menos era o casarão dos nossos avós, Roberto e Margarida, em Jerumenha, ali na altura do Barro Alto.
Era muito bonito, muitos arvoredos em volta, riachos, ruas casas, animais, o rio Gurguéia, o Poço Frio, o ricacho do Urubu tudo e volta nos fazendo felizes.
À esquerda do casarão, era a quitanda sortida do vovô Roberto, vaqueiros, cidadãos de toda Jerumenha que passavam por lá, dava aquela paradinha para prosear e comprar algo para levar para suas casas.
Certa vez, quando pequeno, ví uma boiada passar na frente do casarão, muitas figuras ali entravam para conversar com a Margarida e tomar o seu gostoso cafezinho adoçado com rapadura. O Gualberto, o Moreira e o Aogstinho, criados pela vovó, faziam de tudo: caçavam, tiravam o couro das criações para a manutenção da casa.
Minha mãe, tia Doralice e a tia Docarmo, suas filhas sempre por perto, quando necessário, para comandar seus filhos e receber a orientação dos pais. Era muito gostoso aquele tempo. Até o Frei Serafim, certa vez, parou por lá para apreciar um cafezinho.
Tempos que não voltam mais, mas que precisamos registrar para matar a saudade.
sexta-feira, setembro 21
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