terça-feira, agosto 23

RETRATOS

Ah, quanta saudade, sinto dores na canela, quando me lembro da velha e maravilhosa Jerumenha; vem, poeta, reviver os teus sertões e observa o quanto está hoje mais quente.

O asfalto e o progresso chegaram, o Barro Alto, agora, é outro, o casarão de Roberto Corró não mais existe, mas os teus lugares ainda permanecem vivos em silenciosos coaxares.

O Urubu, claro, hoje, vive escondido e a natureza cresceu os seus arvoredos; as tuas enchentes o cobrem com as águas turvas do Gurguéia caudaloso.

Vem, ainda correm por lá as tuas veias e as tuas lembranças ainda vagam por lá, toma o teu banho e atira a pedra no xixá que adoravas; acalma esses teus choros de amores e aqueles dissabores foram embora, deixando somente uma esperança latente que faz vibrar os corações daqueles que amam a velha Jerumenha.

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